Descoberta ocorreu ao acaso, quando o cientista francês Edouard Bénédictus deixou cair um recipiente de vidro com nitrato de celulose
O vidro à prova de balas foi desenvolvido em 1909 e, na verdade, era um aperfeiçoamento do vidro laminado que, neste caso, recebe lâminas externas de vidro e internas de material resistente à projéteis de armas de fogo de diversos calibres.
A invenção, como tantas outras, se deu ao acaso, quando o cientista e químico francês Edouard Bénédictus deixou cair um recipiente de vidro que continha uma solução de nitrato de celulose, uma espécie de “plástico líquido”. Os pedaços do vidro racharam, mas Bénédictus observou que eles mantiveram o formato do frasco.
Surgiu a partir disso, a primeira versão do vidro à prova de balas que usava uma folha de celuloide entre as lâminas. No entanto, esse material amarelava num curto espaço de tempo prejudicando a visibilidade, um efeito colateral indesejável diante da mais importante qualidade do vidro: sua transparência!
A solução veio somente em 1936, quando o celuloide foi substituído pelo uso do polivinil butiral, mais conhecido pela sigla PVB, uma resina que é aplicada na forma de filme entre as camadas de vidro, agindo como interlayer entre elas, evitando que o vidro se estilhace ao receber um projetil, ou seja, muito apropriado para uso na blindagem de automóveis.
Esse “sanduíche” é complementado pela inserção do policarbonato como camada final do bloco balístico formando um multilaminado que, ao receber o impacto de um disparo de arma de fogo, deforma o projetil evitando que ele atravesse o composto blindado. Inclusive, existem vidros que, além dessa estrutura, recebem também o inserto de uma borda com aço inoxidável, caso do vidro SteelGlass, desenvolvido pela PG Products, como ilustrado no desenho abaixo.
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